terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

A quem interessa tantas armas?

 

A gente bem que gostaria de falar de outro assunto essa semana, mas é impossível ignorar os quatro novos decretos que foram assinados na última sexta-feira (12) à noite, no abrir do feriado de Carnaval, pelo presidente Bolsonaro.

Esses documentos ampliaram a permissão para a posse e o porte de armas e flexibilizaram o controle das munições. Um cidadão comum fica autorizado a portar duas armas e comprar até seis (antes, eram quatro). Atiradores esportivos ganham aval para adquirir 60 e normas relacionadas à compra e a recarga de munições foram flexibilizadas.

Falamos, na última semana, que o Governo Federal emprega esforços para facilitar o acesso às armas para os brasileiros desde o início da gestão e a publicação desses decretos só confirma que as suas prioridades são inversas às verdadeiras necessidades do país.

Ultrapassamos as 240.000 mortes pela Covid-19 e no mesmo dia da publicação dos decretos foi noticiado que o Brasil teve uma alta de 5% nos assassinatos em 2020 na comparação com 2019, após dois anos consecutivos de queda.

Repetimos, pois são as evidências que mostram: quanto mais armas, mais mortes. Por isso, em um momento em que vidas podem e precisam ser poupadas, a quem serve a flexibilização das regras sobre armas? A quem interessa menos controle sobre a origem das munições?


Essa semana, o MOVIMENTO AGORA outras organizações da sociedade civil enviaram uma carta aberta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, para pedir mais transparência e participação da sociedade nas discussões sobre possíveis mudanças em leis partidária e eleitorais. O texto foi enviado na quarta-feira (16) a Lira e defende que o grupo de trabalho sobre o tema precisa se tornar uma comissão especial com urgência. Veja a carta na íntegra.

Nesse trecho do Café da Manhã, podcast da Folha de S.Paulo, de quarta-feira (17), Ilona Szabó afirma que, sim, mais armas trazem mais mortes para toda a sociedade e alguns grupos são mais afetados com a flexibilização das regras sobre armamento. Confira:


FONTE: MOVIMENTO AGORA

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